terça-feira, 14 de abril de 2009

A teoria da economia - parte I

Muitas pessoas dizem que sou "turco" ou mesmo que tenho "escorpião no bolso". Realmente eu não sou muito fã de gastar dinheiro sem um real propósito. Contraditoriamente, eu também sou um consumista. Gosto de gastar dinheiro com coisas que acho legais como um bom par de sapatos, uma camisa ou um óculos escuro.

A questão de tudo é saber como gastar. Infelizmente nossa cultura (leia-se educação no Brasil) não nos ensina como lidar ou administrar bem nosso dinheiro. Sempre me pareceu óbvio ouvir na TV ou no rádio economistas dizendo que nunca devemos gastar mais do que ganhamos. E mais, sempre pensei, -Todo mundo sabe disso!!

Mas ao contrário do que eu pensava, há muita gente que gasta mais do que ganha. Muita gente mesmo! E aqui é que os problemas começam. Há um tempo atrás comecei a refletir sobre o assunto e comecei a formular algumas hipóteses. A primeira delas é a questão dos valores. Admito que demorei um pouco em minha vida para perceber isso. Tem pessoas que dão mais valor para um carro novo, roupas novas, status perante a sociedade do que para uma casa própria. Conheci pessoas que dentro da casa tinham tudo de bom, carro novo, mas moravam de aluguél. Para mim ainda parece estranho, mas, enfim, valores são valores.

Mas o problema com os valores está nos itens de menor valor monetário, onde as pessoas acabam gastando sem necessidade: celular e máquina fotográfica de ultima geração, TV de LCD, etc. São todas coisas superfluas. Não precisamos da versão top de linha. Li uma vez em um artigo sobre como ficar rico uma frase que sempre levo comigo:

"Esta coisa que quero comprar realmente fará diferença em minha vida?"

É uma coisa realmente interessante para se pensar. Claro que não podemos levar tudo a ferro e fogo. Sempre tive uma linha muito bem definido do que comprar e quando comprar. Mas a maior parte das pessoas não tem. Age por impulso e acaba se individando por isso.

Não quero dizer que uma pessoa nunca vai poder comprar algo que deseja. E isto leva a minha segunda hipótese que é: não há vitória sem sacrifício. Ou seja, devemos guardar o dinheiro e investi-lo. Fazer dinheiro virar dinheiro.


A terceira hipósese é quanto ao modo como pensamos sobre o dinheiro e nossos desejos. Muitos dizem: "Guardar pra quê? Se eu morrer amanhã, não vou levar nada e de repente não vou ter feito nada do que gostaria." Não gosto desta frase embora ela tenha seu fator de verdade. Procuro pensar de outra forma: se eu me sacrificar por um tempo, depois vou poder fazer tudo que sempre sonhei sossegadamente.

Não podemos pensar negativamente. Tão pouco devemos guardar dinheiro sem propósito, pois isto sim nos levaria a não realizar nada que sonhamos.

O que falta nas pessoas? META. FOCO. PROPÓSITO.

Assim como um empresário preciso de um plano de negócios para abrir uma empresa, todos nós, cada um de nós, individualmente, precisa de uma PLANO DE VIDA. As empresas crescem e prosperam porque elas investem, administram e tem um plano de crescimento, de expansão. Nossa vida não pode ser diferente. Temos que ter metas em nossa vida profissional e pessoal.

Plano de vida: este é um dos segredos da prosperidade!

Um comentário:

  1. Engraçado como são as coisas, muita gente quer tudo, trabalha, pega seu dinheiro e gasta tudo e aí não consegue nada. Estranho não é, uma vez, uma conhecida me diz que “torra” o dinheiro com roupas....gasta mesmo, conclusão, tá sempre devendo para alguém e o que isso traz de bom pra ela? Creio que nada!!!
    Também li em um livro, sobre dizer “não”e lá tem um exemplo parecido com o que você citou, eu passo em uma vitrine, vejo uma blusa maravilhosa (mas tenho tantas outras blusas maravilhosas em casa, ainda se usar), aí vem a pergunta que deve ser feita “eu preciso dessa blusa” SIM ou NÃO, claro que não, a não ser que a pessoa seja extremamente consumista e que sem aquela peça de roupa, às vezes, “um trapo”, ela ficará infeliz, isso pra mim é MIMAR o próprio ego.
    Outro dia escutei na rádio uma coisa que achei exagerado, mas vamos lá, a pessoa dizia assim, se eu comer pizza todo o final de semana, eu vou gastar tanto e no fim do ano vejo que gastei um valor alto só de comer pizza e se eu não comer.... vou economizar tanto!!! Tenha dó...., não vou deixar de comer uma pizza quando estou com vontade, nem deixar de ir ao cinema, nem deixar o meu lazer de lado só porque “tenho” que economizar para no futuro ter dinheiro a vontade. Se não gasto com a pizza, é muito provável que eu gaste com outra coisa.
    Separar um tanto para você gastar no mês para o seu lazer é importantíssimo para que você tenha o prazer de economizar. Saber que você tem tanto para gastar com você é muito bom, saber que você tem ainda pra poupar é melhor ainda, ou seja, de forma disciplinada, você consegue se divertir e ainda poupar!
    Como você disse, não se pode levar tudo a ferro e a fogo... tenha metas, propósito, plano de vida.
    Meu plano é viver feliz e de maneira estável... sem estresse de dívidas e contas a pagar, portanto, fazer economia não é sacrifício e sim uma escolha de vida, que para mim, isso não tem preço.

    ResponderExcluir